06 de fevereiro de 2025
Como otimizar a rotulagem de produtos cárneos?
Como otimizar a gestão de etiquetagem de produtos cárneos
A embalagem e etiquetagem de produtos é um processo chave na fabricação da carne e seus derivados. No entanto, essa tarefa pode ser complexa e exigente.
Por exemplo, garantir que a informação da ficha técnica do produto e sua etiquetagem coincidem nem sempre é simples e um erro de etiquetagem implica altos custos para o fabricante.
Além disso, se o processo não está digitalizado, é necessário um certo conhecimento do operador, já que nem todos os alimentos cárneos são embalados e etiquetados da mesma forma e existem múltiplos fatores a serem considerados. Mesmo dentro do mesmo setor, as exigências de embalagem e etiquetagem de produtos são diferentes para carne fresca, produtos elaborados ou embutidos, assim como do processamento e seu destino.
Por tudo isso, a gestão dos dados e etiquetas para produtos cárneos se complica enormemente quando a atividade de uma empresa aumenta.
Vejamos quais exigências e dificuldades de identificação e etiquetagem de produtos o setor cárneo encontra diariamente e como podemos otimizá-lo para que seja mais confortável, simples e seguro para todos.
Necessidades de etiquetagem de produtos conforme o destino
As etiquetas da carne e seus derivados têm requisitos diferentes em função da fase de fabricação do produto após o abate do animal:
1. Registro de entrada, controle, identificação e etiquetas de carcaças no matadouro
Após sua recepção no matadouro (e os controles para verificar a identidade do animal com seu código de brinco e Documento de Identificação Bovino ou DIB), é necessário identificar e registrar individualmente cada peça de carne ou carcaça de bovino, ovino e suíno produzida no matadouro para continuar garantindo o cumprimento da rastreabilidade.
Para isso, é necessário um bom sistema de identificação individual com código de barras, QR ou RFID, e um software que garanta o controle, rastreabilidade e gestão dos dados, ou seja, que controle em tempo real e sem erros cada carcaça, meia carcaça ou quarto de carcaça e que as relacione com sua origem do animal (o que é; de qual produtor ou fazenda e quando veio; número de autorização sanitária; dados do abate, etc.).
2. Etiquetas para sala de desossa e fabricantes de elaborados
Rotulagem de produtos para sala de desossa e fabricantes de elaborados
As necessidades de identificação e rotulagem de produtos cárneos em uma sala de desossa (onde as carcaças são cortadas em pedaços) variam em função do tipo de produto e seu destino:
Em primeiro lugar, teremos que levar em conta o destino do produto – já que não etiquetaremos com as mesmas informações um produto que vai para um açougue, supermercado ou loja.
- A carne que é servida em um balcão a pedido do cliente (de um açougue, por exemplo) não precisa estar etiquetada – embora a sala de desossa deva etiquetar o envio ao açougueiro com todas as informações básicas de rastreabilidade caso sejam solicitadas ou precisem ser consultadas.
- A carne fresca (inteira ou em porções) que será colocada à venda embalada para um ponto de autosserviço em bandejas deve ser identificada e etiquetada com as informações de denominação, referência e origem.
Em segundo lugar, devemos levar em consideração se o produto inclui ou não elaboração e teremos diferentes necessidades de rotulagem:
- Peça de carne fresca para comercializar no ponto de venda: Por exemplo, uma peça de lombo de porco embalada que é enviada de uma planta de corte para comercializar em um supermercado, açougue ou loja.
Esta etiqueta de carne fresca deve refletir apenas que tipo de peça é, de onde vem (ou seja, a relação entre este produto com seu canal de origem e todas as informações que garantam a rastreabilidade para trás) e para onde vai, para poder estabelecer sua rastreabilidade.
- Elaborados de carne embalados: Ou seja, os produtos que passam por um processo de manipulação.
No caso das bandejas de produto já cortado ou filetado para o ponto de venda (como poderiam ser alguns filés de lombo de porco), ao ter manipulado o produto (cortado), a etiqueta da carne deve refletir isso. Portanto, junto com os dados de origem, deve-se detalhar o peso do produto final manipulado e as necessidades de personalização do cliente ou específicas do ponto de venda onde será comercializado.
E se além disso for comercializado em um ponto de autoatendimento, também deve detalhar as matérias-primas, o código de barras do artigo, sua descrição, valor nutricional, declaração de alérgenos e todas as informações obrigatórias para as etiquetas de alimentos e a rotulagem de produtos cárneos bovinos.
- Etiquetas de produtos cárneos elaborados: Ou seja, quando na manipulação do produto há elaboração adicional – como por exemplo, ao fazer um hambúrguer no qual também são adicionados ingredientes.
Nesse caso, além de todas as informações de identificação anteriores, é necessário incluir a cadeia correta de ingredientes, os alérgenos e todas as informações da ficha técnica desse produto cárneo elaborado.
3. Etiquetas de produto final em fábricas de embutidos
Como em qualquer fabricante alimentício, o produto recebido deve estar corretamente etiquetado pelo fornecedor para identificar o tipo de carne que é cada artigo que será transformado em embutido.
A fabricação do embutido claramente envolve elaboração (cozimento, ingredientes, etc.). Portanto, as etiquetas de embutidos devem contemplar as mesmas necessidades das etiquetas de produtos cárneos elaborados mencionadas no ponto anterior – ou seja, a informação do produto final, o nome e descrição do artigo, identificação com código de barras, cadeia de ingredientes, valor nutricional, alérgenos, etc.
Como otimizar a gestão da rotulagem de produtos cárneos
A chave para uma gestão eficiente de etiquetagem de produtos está em digitalizar, automatizar e garantir a integridade dos dados das etiquetas.
A gestão com um bom software de gestão de produção alimentícia na nuvem oferece enormes benefícios de produção, rastreabilidade e negócios:
Por um lado, como fabricantes temos que garantir que as informações da ficha técnica do produto e sua rotulagem coincidam. O problema é que se esse processo for realizado manualmente, pode ser complexo, lento e dar margem a erros humanos de rotulagem.
Por sorte, hoje podemos garantir informaticamente que todos os dados das fichas técnicas são transferidos em tempo real para o software de gestão ADA para gerar as etiquetas automaticamente e que tudo coincida sem complicações, melhorando assim a segurança.
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